HP Slate, Tegra 2 e Android: os concorrentes

Pegando carona no anúncio do iPad, a HP anunciou o Slate, representante da nova classe de tablets baseadas no Windows, uma nova investida da Microsoft em torno da plataforma UMPC, desta vez com o Windows 7:

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Em resumo, o Slate é um netbook com tela touchscreen, que oferece um conjunto de softwares otimizados rodando sobre a velha interface do Windows. Ele tem a vantagem de ser um PC, capaz de rodar qualquer software e acessar periféricos externos sem limitações, mas por outro lado não oferece uma experiência de uso tão bem acabada, um conjunto de características que serão compartilhadas por outros tablets baseados na plataforma Wintel. Embora o formato seja similar, ele está também em uma faixa de preço bem diferente, com um preço de venda em torno de US$ 1000.

O quarto braço da corrida do ouro são os tablets baseados em processadores ARM, que pipocarão em grande quantidade nos próximos meses. A grande vantagem da plataforma ARM é o baixo consumo elétrico (até 10 vezes mais baixo que o da plataforma Pineview da Intel), o que permite o desenvolvimento de aparelhos menores e com uma maior autonomia de bateria, assim como o desenvolvimento de tablets de baixo custo com tela e-paper.

Graças ao nVidia Tegra e de outros chipsets com suporte à decodificação de vídeos h.264, muitos deles serão capazes de exibir vídeos HD (incluindo vídeos em Flash em alta resolução com aceleração via hardware, devido à nova versão do plugin da Adobe), mantendo um consumo elétrico relativamente baixo.

Um bom exemplo é este modelo da MSI, anunciado na última CES, que usa uma tela de 10″ (novamente, o formato é muito similar ao do iPad, mas nesse caso não se pode acusar a ECS de plágio, já que ele foi anunciado duas semanas antes), é baseado no nVidia Tegra 2 e roda o Android:

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Os tablets com processadores ARM não são capazes de rodar o Windows (apenas o Windows CE), mas existe a possibilidade de usá-los como terminais RDP, acessando seu PC ou notebook. Esta é uma possibilidade que já existe em tablets como o Nokia N800 (basta instalar o pacote “rdesktop” e ativar a conexão através do terminal) e funciona surpreendentemente bem através da rede Wi-FI:

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A grande vantagem de usar uma conexão remota em vez de usar um tablet rodando Windows localmente é que o desempenho é melhor (afinal, existe um PC completo do outro lado rodando os aplicativos) e você tem acesso aos aplicativos e arquivos do seu PC de trabalho, sem precisar instalar e sincronizar tudo no tablet. É uma boa solução intermediária para quem pretende usar o tablet em conjunto com o PC.

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