Jogador processa desenvolvedora após ser atingido por mais de 4.800 ovos e sandálias em MMORPG: fico depressivo, afirma

Jogador diz ter sido alvo de milhares de ataques simbólicos — e responsabiliza a empresa.

Um jogador decidiu levar aos tribunais a desenvolvedora KoramGame, responsável pelo MMORPG chinês Three Kingdoms Kill Online. O motivo? Ele afirma ter sofrido danos psicológicos após ser repetidamente alvo de uma mecânica inusitada do jogo: o arremesso de ovos e sandálias.

Como funciona o sistema de “protesto” no jogo

warriors of the 3 kingdoms area of effect

Lançado em 2009, Three Kingdoms Kill Online é um MMORPG de navegador ambientado no período dos Três Reinos da China. As partidas envolvem duelos entre 4 a 8 jogadores, com duração entre 10 e 30 minutos.

Após cada combate, os jogadores podem demonstrar insatisfação com seus oponentes jogando neles ovos e sandálias — uma forma simbólica de protesto comum em algumas culturas. Além disso, esse gesto virou uma maneira, para muitos jogadores, de “salvar a própria honra” após perder uma disputa.

Mais de 4.800 arremessos em 6 meses

O problema começou quando um dos jogadores mais bem ranqueados do game passou a ser constantemente alvo desse tipo de ação. Segundo ele, em um período de seis meses, foi atingido mais de 4.800 vezes por ovos e sandálias.

Esses ataques são exibidos publicamente para todos os jogadores por meio de animações visíveis na tela. O jogador afirma que esse excesso acabou afetando sua saúde mental. “Cada vez que sou atingido por ovos no jogo, meu senso de autoestima é abalado. Fico depressivo”, declarou.

Microtransações e o lucro da desenvolvedora

O detalhe que acirrou ainda mais o conflito é que, salvo raras exceções, os itens usados nesses arremessos só podem ser adquiridos com dinheiro real. Para o jogador, isso configura uma forma de monetização abusiva que favorece humilhações públicas dentro do ambiente virtual. Por isso, decidiu processar a desenvolvedora.

A resposta da KoramGame

A KoramGame já se manifestou sobre o caso e confirmou que está estudando maneiras de limitar o uso desses itens ou, ao menos, controlar sua aplicação.

Além disso, a empresa afirmou que está aberta a colaborar com o jogador e com o tribunal para resolver a questão da melhor forma possível.

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