O Google vem usando a tecnologia de IA (Inteligência Artificial) para diversos recursos em seus produtos, porém além de trazer ferramentas em dispositivos, a empresa pretende ir além. Eles também têm planos para utilizar esse avanço para resolver problemas que vão além da vida digital, no mundo real.
Para provar esse objetivo, a empresa revelou uma lista com 7 problemas sociais que já estão sendo resolvidos com o uso de Inteligência Artificial, explicando um pouco sobre cada uma dessas soluções. Confira.
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Como a IA tem ajudado e poderá ajudar problemas sociais
Na lista, o Google apresentou algumas formas de melhorar o convívio e evitar problemas sociais com a ajuda de tecnologia IA. Algumas dessas soluções já foram apresentadas e já estão até mesmo sendo usadas em diversos locais. Já outras ainda estão em desenvolvimento e prometem ser reveladas em um futuro próximo.
Eles classificaram esses problemas como “desafios da sociedade”, e entre eles estão o combate a doenças, acidentes, desastres naturais e até mesmo mais oportunidade para minorias ou pessoas mais carentes. É uma forma de ver como o uso da IA pode ir além de produtos inteligentes para uso pessoal e também ter impactos positivos na sociedade como um todo.
Conheça os 7 exemplos dados pela empresa:
Prevendo enchentes e ajudando com que as pessoas fiquem seguras através de sistemas de alerta antecipados
No ano passado um relatório nos Estados Unidos revelou que metade dos países do mundo não contam com um sistema de alerta adequado para desastres naturais, como enchentes e incêndios. Ao mesmo tempo, o número de pessoas que são impactadas negativamente por desastres naturais só aumenta. Em resposta a isso, o Google decidiu que é preciso ter uma tecnologia para ajudar tantos as pessoas quanto o governo a se preparar para esse tipo de situação.
A solução foi o FloodHub, uma espécie de programa de previsão de enchentes que já está disponível em diversos países e funciona do forma integrada com os serviços da empresa, principalmente do de Busca e o Mapas. Assim, eles conseguem enviar alertas para os smartphones dos usuários para notificar se eles estão em algum local de risco. Isso é possível graças a um algoritmo que consegue calcular a possibilidade de cheias em áreas que estão próximas a rios antes que comece a chover.
Dessa forma, os residentes têm tempo para se preparar, como tirar coisas importantes da casa e até mesmo ir para um local seguro, enquanto o governo também ganha tempo para agir de forma a minimizar os impactos negativos para essas pessoas. O mais legal é que o FloodHub foi apresentado
pelo Google aqui no Brasil em novembro do ano passado, em parceria com o Serviço Geológico do Brasil (SGB).
Detectando os limites de incêndios florestais em tempo real para ajudar no combate
Essa solução do Google consegue utilizar imagens de satélites para criar modelos de IA capazes de prever e detectar quais são os limites de incêndios florestais em tempo real. Essas informações são passadas também em tempo real para os serviços da empresa, como o de Busca e Mapas, ajudando principalmente os profissionais que trabalham para apagar as chamas.
No ano passado a solução foi usada para alertar sobre cerca de 30 incêndios tanto no Canadá quanto nos Estados unidos. Além de informar os bombeiros sobre o fogo, o modelo também alerta os residentes próximos dessas áreas, evitando acidentes. Atualmente a tecnologia também chegou para outros países como México e Austrália, e com o tempo vai sendo implementada em mais locais.
Monitorando a saúde de mamãe e bebê durante o pré-natal
Infelizmente, a taxa de mortalidade maternal ainda é muito alta em diversos países. Só em 2017, cerca de 295 mil mulheres morreram durante ou depois da gravidez e do nascimento dos bebês. E o pior é que na maioria das vezes isso acontece por motivos que poderiam ser evitados ou tratados com um bom monitoramento pré-natal.
O ultrassom é uma parte importante do monitoramento da saúde da criança e da mãe durante a gravidez, porém ainda existem uma dificuldade para que muitas mulheres tenham acesso a esse cuidado nos ambientes com poucos recursos, principalmente porque não existem muitos profissionais de saúde que são treinados de forma adequada para lidar com esse tipo de situação.
Por isso, o Google revelou que já está trabalhando em parceria com o Northwestern Medicine para desenvolver modelos da IA que vão auxiliar com que operadores de ultrassons levemente treinados possam fazer um monitoramento completo e mais adequado usando aparelhos em ambientes com poucos recursos. Dessa forma, eles vão conseguir identificar com mais precisão problemas e potenciais riscos, como por exemplo a posição do bebê.
Combatendo as infestações de pragas em culturas
Agricultores e pessoas que dependem de colheita de culturas podem sofrer grandes perdas devido a infestações de pragas tanto no algodão quanto nas culturas alimentares, o que é ainda mais grave. Por isso, o Google revelou que está trabalhando em colaboração com o InstaDeep e a Food and Agriculture Organization of the United Nations (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) para conseguir trazer formas de detectar melhor os surtos de gafanhotos na África.
Esse monitoramento precoce garante que os agricultores possam implementar medidas de controle mais eficientes. Eles também anunciaram que estão trabalhando em parceria com a Wadhwani AI na Índia para criar um aplicativo com IA que consegue identificar e ajudar a tratar infestações de pragas. Isso faz com que eles possam reduzir em até 20% o uso de pesticidas e aumentar até 26% as margens de lucros desses agricultores.
Ajudando a lidar com as mudanças populacionais e resposta humanitária com edifícios
Outra solução apresentada pelo Google é o Open Buildings, que é um projeto de conjunto de dados de acesso aberto que, a partir de IA, consegue estudar e interpretar imagens de satélite. Esse estudo é voltado para identificar a localização e a geometria de edifícios.
Esse tipo de informação pode ser crucial para diversas aplicações e decisões importantes como ao relacionar uma estimativa populacional de um lugar, realizar um planejamento urbano e até mesmo como resposta humanitária. Além disso, também ajuda a ciência ambiental e climática daquela área.
Atualmente o projeto está disponível na África, Bangladesh, Indonésia, Laos, Nepal, Filipinas, Cingapura, Sri Lanka, Tailândia e Vietnã. Ele já consegue ajudar com que governos e até organizações humanitárias consigam ter uma percepção melhor sobre as necessidades dos residentes, tanto para soluções na rotina normal quanto em respostas para situações de crise.
Detectando variações genéticas que causam doenças
O Google está trabalhando em parceria com a PacBio, oferecendo sua tecnologia DeepConsensus de aprendizado profundo para que os pesquisadores consigam identificar com mais rapidez e com mais precisão as variantes genéticas que podem causar doenças.
Isso pode ajudar a medicina a descobrir e prever condições genéticas mais graves, como se o paciente tem alto risco de ter câncer de mama ou até mesmo hipertensão arterial pulmonar.
Ajudando pessoas que têm fala fora do padrão a serem mais compreendidas e se conectarem
Hoje em dia milhões de pessoas no mundo têm alguma dificuldade de fala, o que faz com que em muitas ocasiões elas não sejam bem compreendidas. Pensando nisso, o Google apresentou o Project Relate, que é um aplicativo para Android que foi desenvolvido com base em pesquisa de IA.
Esse aplicativo tem como objetivo ajudar essas pessoas que tem “fala fora do padrão” a se comunicar melhor e de forma mais fácil com outras pessoas, auxiliando nesse entendimento. Para isso ele conta com recursos como transcrição de fala em texto, uso de voz sintetizada para repetir o que foi dito ou até mesmo comunicação direta com o Google Assistente do locutor para ajudar a concluir tarefas como acender uma luz ou tocar uma música.
Fonte: Google
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