A Apple enfrenta um escândalo interno após descobrir uma fraude organizada envolvendo cerca de 50 funcionários em sua sede em Cupertino. Os colaboradores exploraram o programa de caridade Matching Grants, lançado em 2018 pelo CEO Tim Cook, para desviar fundos e obter benefícios fiscais ilegais. A empresa já demitiu todos os envolvidos e iniciou ações legais contra os principais responsáveis.
Como funcionava a fraude?
O programa Matching Grants foi criado para incentivar a filantropia entre os funcionários. A Apple se compromete a igualar as doações feitas por seus colaboradores a instituições de caridade, com um limite de US$ 10.000 por ano. No entanto, alguns funcionários encontraram uma brecha no sistema:
- Doações fraudulentas: Eles doavam para instituições de caridade com as quais tinham ligações.
- Reembolso ilícito: Após a Apple igualar a doação, as instituições reembolsavam o valor inicial aos funcionários.
- Benefícios fiscais: Os colaboradores ainda declaravam as doações falsas como deduções fiscais, obtendo vantagens financeiras adicionais.
A descoberta da fraude:
A Apple identificou irregularidades nas transações financeiras após uma análise detalhada do departamento financeiro. A investigação revelou que o esquema durou três anos e envolveu pelo menos 50 funcionários, desde novos contratados até executivos.
Medidas drásticas da Apple:
A empresa agiu rapidamente para conter o escândalo:
- Demissões em massa: Todos os funcionários envolvidos foram demitidos.
- Ações judiciais: Seis colaboradores, considerados os principais responsáveis, estão enfrentando processos judiciais. Um deles foi identificado como o idealizador do esquema, com ligações diretas a duas instituições de caridade usadas na fraude: o American Chinese International Cultural Exchange (ACICE) e o Hop4Kids.
Impacto no programa Matching Grants:
A Apple reforçou sua mensagem de tolerância zero a fraudes e comportamentos antiéticos. No entanto, o escândalo pode levar a empresa a revisar os mecanismos de controle do programa Matching Grants para evitar abusos futuros. Apesar disso, é improvável que a iniciativa seja cancelada, já que seu objetivo principal — incentivar a filantropia — continua sendo válido.