O começo do fim para o barramento PCI

O começo do fim para o barramento PCI

O primeiro barramento utilizado em micros PC foi o ISA, que surgiu em 1981 juntamente com o PC original e nos acompanhou até a virada do milênio, quando finalmente desapareceu das placas novas. Embora na época ainda existisse uma certa demanda por placas-mãe com slots ISA para o uso de periféricos de legado (principalmente placas de som e modems discados), ela não foi suficiente para evitar a morte do padrão.

Uma movimentação similar está ocorrendo em torno do barramento PCI, que se tornou obsoleto com a introdução do PCI Express.
O PCI opera nativamente a 33 MHz, o que resulta em uma taxa de transmissão teórica de 133 MB/s, que são compartilhados entre todos os periféricos, o que o deixa muito atrás do PCI Express, que na versão 2.0 oferece 500 MB/s bidirecionais em cada linha de dados, utilizando ainda por cima um número muito menor de trilhas na placa-mãe.

Assim como o ISA em sua época, o PCI se tornou lento demais para o uso da maioria dos periféricos (placas de rede gigabit, controladores RAID ou SATA 300 ou mesmo interfaces USB 3.0), o que, assim como o ISA, restringe seu uso efetivo a placas de som, placas de captura de vídeo e periféricos antigos.

Assim como aconteceu na época do ISA, a primeira a assinar a sentença de execução do PCI fi a Intel, com o anúncio de que o barramento deixará de ser incluído nativamente nos chipsets a partir dos chipsets H67, P67 e H61, que serão destinados à próxima geração de processadores, baseados no core Sandy-Bridge. Apenas os chipsets da linha business (Q67, Q65 and B65)manterão suporte a ele.

A remoção do chipset não significa que não existirão placas baseadas neles com slots PCI (já que os fabricantes podem oferecer suporte ao barramento incluindo um bridge PCIe > PCI, conectado a uma das linhas PCI Express) mas é a primeira medida nesta direção, já que a inclusão do bridge representa um custo adicional, do qual os fabricantes tentarão se livrar o mais rápido possível.

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