Paramount e Max planejam fusão para enfrentar a Netflix

A Paramount avalia parceiros potenciais para uma fusão, com a Max (antiga HBO Max) no topo da lista. O objetivo é forjar um serviço de streaming abrangente e poderoso, capaz de enfrentar gigantes como Netflix e Disney+, que se uniu ao Star+ em junho.

Segundo o conhecido site The Verge, fontes indicam que David Zaslav, CEO da Warner, expressou interesse na parceria com a Paramount, negociando com Bob Bakish, CEO da empresa, no final de 2023. Contudo, até janeiro do ano corrente, o acordo não foi concretizado.

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Enquanto considera a Max, a Paramount também explora parcerias tecnológicas, conforme Chris McCarthy, co-CEO da empresa, mencionou em reunião com colaboradores em 25 de junho. “O que eles não têm é nossa escala de conteúdo e, juntos, faremos uma combinação muito poderosa para gerar mais minutos e maiores lucros“, afirmou.

Uma parceria bem-sucedida entre Paramount e Warner Bros., responsável pela Max, pode enriquecer a programação e reter assinantes. Também promete fortalecer as finanças das duas corporações.

Em fevereiro de 2024, as ações da Warner Bros. caíram 10% após resultados aquém das expectativas de analistas, somando-se à queda de 47% em 2023. O Max possui cerca de 100 milhões de assinantes globais, sendo 52,7 milhões nos EUA. O Paramount+ alcançou 71 milhões de assinantes no primeiro trimestre de 2024.

Para perspectiva, a Netflix conta com 260 milhões de assinantes mundialmente, com um acréscimo de 13,1 milhões em 2023. De acordo com um relatório do Justwatch, a Netflix lidera o mercado SVOD (Subscription Video on Demand) com 26% de participação, equivalente à soma de Disney+ e Max.

A busca da Paramount por um(a) parceiro(a) reflete uma visão compartilhada por especialistas do setor: o mercado está saturado de serviços de streaming frente ao número de consumidores pagantes. Prevê-se que apenas quatro ou cinco plataformas sobreviverão, enquanto as demais deverão ser absorvidas.

O destino da Paramount+ permanece incerto, mas além de buscar fusões, a marca pode optar por licenciar seu conteúdo, estratégia já adotada por Disney e Warner Bros. junto à Netflix.