Governo solicita remoção de 400 contas no Twitter por incitação a ataques em escolas

Governo solicita remoção de 400 contas no Twitter por incitação a ataques em escolas

Após os recentes ataques em instituições de ensino, o Ministério da Justiça (MJ) solicitou a remoção de mais de 400 contas no Twitter, acusadas de incitar e apoiar atos violentos em escolas. Além disso, o TikTok também foi notificado para remover três contas por promover conteúdo relacionado a massacres.

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Perfis no Twitter e TikTok idolatram assassinos e apoiam os ataques

O Ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou a ação no sábado (8), quando revelou a solicitação de remoção de 270 contas no Twitter. No dia seguinte, mais 160 contas na mesma plataforma e três no TikTok também entraram na lista de perfis a serem removidos.

As postagens desses perfis idolatravam os autores dos ataques e promoviam hashtags de apoio aos crimes. As autoridades estão investigando os responsáveis pelas publicações, e medidas como mandados de busca e apreensão já foram executadas, resultando na prisão de um suspeito e na apreensão de sete armas.

Essas ações fazem parte da Operação Escola Segura, uma iniciativa do MJ, que visa identificar e combater ameaças e possíveis ataques em colégios por meio das redes sociais. Desde o início da operação, 433 contas, incluindo Twitter e TikTok, foram alvo de pedidos de remoção.

O ministro Flávio Dino afirmou que os perfis no TikTok divulgavam conteúdo que gerava medo e insegurança entre as famílias. Uma rápida pesquisa no Twitter revelou contas que idolatravam assassinos e geram preocupação sobre possíveis ataques em outras instituições de ensino.

Governo contará com ajuda de Consulado Americano

Creche em Blumenau que foi atacada por assassino

O Consulado Americano ofereceu auxílio para a investigação, mediando o contato entre o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e as redes sociais sediadas nos Estados Unidos. Essa colaboração permitirá que o MPSC investigue as ameaças e os autores das postagens que incentivam os crimes.

As autoridades estão monitorando ameaças na internet relacionadas a possíveis ataques e tomando medidas preventivas e repressivas em todo o Brasil. O Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do MJ está analisando os dados coletados e trabalhando em regime de plantão 24 horas.

A Operação Escola Segura conta com a participação de 51 chefes de delegacias de investigação e 89 chefes de agências de inteligência de Segurança Pública (Polícias Civis e Polícia Militar). A ação ocorrerá por tempo indeterminado, de forma contínua e 24 horas por dia, envolvendo centenas de profissionais.

Ministério da Justiça cria canal exclusivo para denúncias

Polícia Civil está investigando todos os indícios de ameaças

Além das ameaças genuínas, falsas mensagens têm sido disseminadas em grupos de WhatsApp de colégios, aterrorizando pais e alunos. Esses casos, identificados como trotes e falsas denúncias, também estão sendo tratados pelas autoridades.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública disponibiliza um canal exclusivo para receber informações sobre casos suspeitos de ataques a instituições de ensino, em parceria com a SaferNet Brasil. A plataforma permite que qualquer pessoa envie informações relevantes, de forma anônima e segura, sobre possíveis planos de ataques ou indivíduos suspeitos.

As denúncias recebidas serão analisadas por uma equipe especializada. Essa equipe, por sua vez, trabalhará em conjunto com as autoridades competentes para investigar e tomar as medidas apropriadas para proteger as instituições de ensino, garantindo assim a segurança de alunos, professores e funcionários.

Se você tiver informações relevantes ou suspeitas de ameaças a instituições de ensino, não hesite em utilizar o canal exclusivo disponibilizado pela SaferNet Brasil e o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A sua contribuição pode fazer a diferença na prevenção e combate à violência nas escolas.

Fontes: Agência Brasil, G1, Metrópoles e NDMais

Sobre o Autor

Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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