Microsoft não tinha a pretensão de lançar o Xbox Series S

Microsoft não tinha a pretensão de lançar o Xbox Series S

A 9ª geração de consoles está posta à mesa. Os titãs no segmento continuam sendo Sony e Microsoft, com estratégias bem distintas, inclusive pela forma da comunicação e venda de seus novos consoles.

De um lado temos a Sony, seguindo na continuidade numérica em relação ao seu famoso PlayStation, que chega agora em sua quinta versão, e do lado da Microsoft uma cartada que divide opiniões. Dois consoles logo de cara: Xbox Series S e Xbox Series X. Inicialmente, a Microsoft não tinha a pretensão de lançar a versão mais básica da nova geração, o Xbox Series S.

Essa informação foi confirmada por Andrew Goossen, um dos arquitetos de sistema no design do console, em entrevista à Digital Foundry. Como você já deve ter lido ou visto, um Xbox não anula o outro, já que ambos são bem distintos em termos de proposta no mercado. O carro-chefe em termos de poder bruto é o Xbox Series X, rival direto do PlayStation 5, é o console para aqueles que visam uma jogabilidade em 4K. Já o Xbox Series S, é uma versão mais compacta, com um design que até lembra uma das opções da geração passada, o Xbox One S, e é inferior em termos de hardware. O foco é a jogabilidade numa resolução mais baixa, 1440p.

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O que pouca gente sabia até então, e que foi revelado por Goossen, é que a ideia inicial era que o console que seria uma opção mais barata e com uma proposta inferior em termos ao Xbox Series X seria um console que já estava no mercado, o Xbox One X. Sim, ele mesmo. Este modelo ficou conhecido como “console de meia geração”. Uma versão mais poderosa em termos de hardware comparado ao Xbox One tradicional.

O conceito de ter esse desbalanceamento de consoles na mesma geração, uma opção bem mais poderosa e outra modesta fomenta uma discussão interminável. Alguns contra outros a favor. Os que são contra dizem que com essa iniciativa o salto realmente eficaz de uma geração para a outra, em relação ao resultado nos jogos, acaba sendo atrasado, já que os desenvolvedores precisam também atender o console mais fraco. Os que apoiam a decisão dizem que é a oportunidade para que o cliente possa escolher, e também é uma maneira de mais pessoas adentrarem numa das opções mais novas em termos de console.

Andrew Goossen diz que o lançamento do Xbox Series S provou ser uma necessidade para impulsionar a nova geração. Por mais que ele tenha um hardware inferior ao Xbox Series X e ao PlayStation 5, ele tira proveito de diversas novidades que são possíveis devido a nova arquitetura Xbox. Tanto o Xbox Series S quanto o X foram desenvolvidos com base na arquitetura Xbox Velocity. Essa arquitetura insere diversos elementos interessantes como directx raytracing, variable rate shading, variavel refresh rate, Auto HDR, Auto Latency Mode (ALLM), DirectStorage, entre outras coisas.

Avanços que são possíveis apenas com a utilização de uma nova arquitetura. Foi a partir desse peso da arquitetura que a Microsoft decidiu que não seria interessante manter o Xbox One X  como o representante menos poderoso da nova geração. Ironicamente, o Xbox One X é mais caro de produzir do que o Xbox Series S. Além da própria arquitetura do Xbox, os novos consoles também fazem uso de opções mais recentes em termos de hardware da AMD, que também aproveitam novas arquiteturas, como a RDNA2 na GPU. Isso significa um aumento de desempenho de 25 por cento. por ciclo (…) outros 20 por cento pode ser obtido em FP16 e VRS, explica Goossen.

Deve-se notar que isso é exatamente o oposto do que a concorrente Sony está fazendo, que promete suporte ao PlayStation 4 com novos jogos por pelo menos mais três anos.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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