Apresentando o KDE 4.3

Não adianta comparar o KDE 4.3 com o 4.2 pois as modificações são mínimas e só a realmente alguns bug’s corrigidos e algumas atualizações de segurança. Vou então comparar o KDE 4.3 com o seu “antecessor”, o KDE 3.5 que esta presente ainda em poucas distribuições como o Debian Lenny, até o Slackware, famoso por ser estável e usar apenas a versão estável dos aplicativos, na sua versão 13 já migrou para o novo ambiente.

Vamos começar pelas configurações. O KDE 4 deu uma inovada com o novo painel de controle, mais os fundamentos e funções do sistema continuam quase que no mesmo lugar, apesar de algumas modificações ou outras nas configurações, algumas até ajudaram, como no caso a configuração do konsole ficou muito mais fácil.

Certas coisas eu senti falta, como por exemplo a pasta system:/ que agora foi dividida em 2 partes, uma fica no menu K, e a outra fica num aplicativo na barra que mostra os dispositivos do sistema e te da opção de montar. Acho que o system:/ deveria ter sido mantido como uma alternativa para os que preferem.

Na parte da barra de tarefas eu achei que ficou um tanto mais complicado, apesar de que na parte do menu iniciar, eu prefiro o novo visual do KDE 4.3 com o menu dividido ao estilo Gnome (Aplicativos, Favoritos, Sistema, Histórico…).

Os gadgets que literalmente substituem os ícones do desktop e o superkaramba foi uma jogada e tanto do KDE 4, e ficou algo muito legal e bem feito, já que os gadgets agora podem tanto ser usados como ícones, quanto na barra de tarefas, quanto no desktop, e em cada área ele toma uma forma diferente. O mais interessante é que você agora pode instalar gadgets independentes e montar sua barra lateral ou seus ícones, o que era possível antes só através da modificação dos scripts do superkaramba.

Os ícones, por um lado foram uma melhoria, por outro, ficaram um pouco ruins. Por um lado os ícones ficaram com um estilo melhor, até com um sistema de organização melhor, já que agora eles fazem parte dos gadgets, mais por outro, eles perderam algumas funcionalidades que eles tinham na versão antiga.

Na parte de personalização o KDE 4.3 me agradou muito, principalmente, pois agora, ele tem sua própria miniatura de compiz, a única coisa que realmente não ficou legal foi a coletânea de wallpapers, apesar de que você pode agora baixar eles direto do servidor do kde-look através de um app do próprio KDE, o conjunto de wallpapers que vem por padrão é muito murchinho comparado com o do KDE 3.5.

Segurança, estabilidade, aplicativos: na parte de aparência e personalização o KDE 4.3 da um show a parte, porém na parte de estabilidade e de aplicativos ele não está muito legal. Apesar de varias inovações como o novo Dolphin que se tornou o gerenciador de arquivos padrão, deixando o konqueror como uma alternativa, muitos aplicativos como o novo Amarok 2 não funcionaram direito, e alguns usuários (assim como eu), tiveram que fazer certas gambiarras para funcionar, porem fora algumas atualizações, na parte de aplicativos não foi mudada muita coisa.

Na parte de estabilidade, não vou falar que ele esta um Windows Vista da vida, mais não esta 100% ainda, o sistema está bem rápido, comparado as primeiras versões que saíram do KDE 4.3, porem existem alguns problemas com travamento de alguns aplicativos, principalmente por parte do navegador de arquivos e dos efeitos 3D, o pessoal do KDE tem que dar uma olhadinha nisso.

Como Instalar:

Estou usando o ubuntu 9.10 por aqui, e para instalar basta dar alguns comandos no terminal pelo apt-get:

$ sudo apt-get install kdebase-workspace
(instala a base do KDE).

$ sudo apt-get install kdebase-workspace-wallpapers
(papeis de parede padrão).

$ sudo apt-get install dolphin konqueror
(na nova versão, o gerenciador de pacotes não vem por padrão, e se você não quer usar o nautilus ou o thunar, melhor instalar o dolphin ou o konqueror, ou os dois 😀 )

A instalação do resto é igual a do 3.5, com ressalva alguns programas que mudaram de nome ou que precisam de alguma biblioteca (caso do amarok).

Finalizado: o KDE 4 melhorou muito desde as suas primeiras versões, mais ainda precisa de alguns ajustes para se tornar um ambiente 100% utilizável e funcional, atualmente recomendo que vocês usem o KDE 4.3, mais mantenham outro ambiente gráfico junto para casos de emergência.

Deixo vocês por aqui e espero que vocês tenham gostado da analise, ou pelo menos, que de alguma luz no fim do túnel do que é realmente o KDE 4.3.

Por Artur Paiva de Seixas
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