Reader: AI Audio recria vozes de celebridades que já morreram para leitura de audiobooks

Reader: AI Audio recria vozes de celebridades que já morreram para leitura de audiobooks

As ferramentas de IA estão se tornando cada vez mais avançadas, e aos poucos o que parecia impossível está diante dos olhos. A ElevenLabs anunciou essa semana que seu aplicativo Reader: AI Audio poderá recriar vozes de atores que já faleceram para narração de audiobooks e outros textos.

Entre as celebridades falecidas da lista estão Judy Garland, uma atriz de musicais muito famosa da era de ouro de Hollywood, James Dean, muito conheço por seu papel em Juventude Transviada, e Burt Reynolds, astro da década de 70.

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Reader: AI Audio promete respeito ao legado das estrelas

Reader: AI Audio

A novidade estará presente no recém-lançado aplicativo Reader: AI Audio, que é focado justamente em transformar artigos, PDFs, ePubs, boletins informativos, e-books ou qualquer outro texto em narrações de voz. A ideia é que a pessoa possa ouvir ao invés de ler esses materiais.

“Respeitamos profundamente o legado dessas estrelas e estamos honrados em ter suas vozes como parte de nossa plataforma”, revelou Dustin Blank, chefe de parcerias da ElevenLabs. “Adicionar essas vozes à nossa lista crescente de narradores marca um grande passo em nossa missão de tornar o conteúdo acessível em qualquer idioma e voz.”

Para garantir o uso ético e legal das vozes dessas celebridades, a ElevenLabs deixou claro que firmou acordos com os espólios dos atores. Os detalhes sobre a compensação não foram divulgados.

Essa é uma parte importante do processo, já que o avanço rápido da tecnologia de IA, especialmente em sua capacidade de criar imagens, texto e som, levanta questões importantes sobre sua aplicação nas indústrias criativas. A capacidade de criar versões digitais da voz de alguém, dizendo algo que nunca disseram, trouxe preocupações sobre a autenticidade e os direitos autorais.

No início deste ano, a ElevenLabs esteve envolvida em uma controvérsia quando sua ferramenta foi usada para criar uma chamada automatizada falsa do presidente Joe Biden, instando as pessoas a não votarem nas primárias presidenciais de New Hampshire. Este incidente destacou os potenciais abusos da tecnologia de IA e a necessidade de regulamentação.

Direitos autorais e parcerias

David Gunkel, professor do departamento de comunicações da Northern Illinois University, explica que, embora uma pessoa não possa ter direitos autorais sobre sua própria voz, é possível ter direitos autorais sobre uma gravação.

“As novas parcerias da ElevenLabs estão todas dentro do que a lei permite”, disse ele. “Um espólio receberá uma quantidade considerável de dinheiro com licenciamento e acordos, semelhante a uma empresa negociando um acordo de direitos autorais para usar uma música popular em um anúncio.”

Empresas de mídia estão explorando cada vez mais o uso de IA para narrações. Recentemente, a NBC anunciou que trará uma versão de IA do famoso locutor esportivo Al Michaels de volta às Olimpíadas deste verão, em resumos diários na sua plataforma de streaming Peacock. Um porta-voz da NBC confirmou que Michaels está sendo compensado por sua participação.

Entretanto, a recepção do público às versões de IA de vozes conhecidas ainda é incerta. “Ainda não sabemos qual é o mercado para esses tipos de narrações, mas já é possível ver que audiolivros lidos por vozes reconhecíveis e celebridades são um grande sucesso”, disse Gunkel. “Se houver uma maneira de fazer uma celebridade narrar diversos conteúdos sem precisar fazer isso pessoalmente, isso pode abrir ainda mais o mercado.”

Fonte: CNN

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