PutinStation? Rússia confirma que desenvolverá seu próprio console

PutinStation? Rússia confirma que desenvolverá seu próprio console

O Ministério da Indústria e Comércio da Rússia confirmou que conversas já foram iniciadas com empresas e departamentos interessados no desenvolvimento de um console de jogos russo. A assessoria de imprensa do Ministério da Indústria e Comércio não especificou quais empresas têm interesse no projeto.

Console de mesa e portátil

O governo visa organizar a produção de jogos e consoles tanto de mesa quanto portátil, além da criação de uma plataforma para a distribuição de jogos em nuvem aos usuários. Serviço que se juntaria a VK Play, MTS Fog Play e Plus Gaming, serviços que já operam neste segmento na Rússia.

Essa iniciativa tem relação com o panorama da Rússia a partir do início da gerra com a Ucrânia, em que diversas sanções internacionais foram aplicadas no país comandado por Vladimir Putin. A Microsoft, por exemplo, anunciou em 2022 a suspensão de vendas de produtos e serviços para a Rússia. A ideia agora é investir pesado em diferentes áreas do setor de tecnologia, incluindo games.

Dobrando a aposta na propaganda

Os games também podem atuar como propaganda para os interesses do governo. Putin, já declarou que “um jogo deve ajudar uma pessoa a se desenvolver, ajudá-la a se encontrar, deve ajudar a educar uma pessoa tanto dentro da estrutura dos valores humanos universais quanto dentro da estrutura do patriotismo”

Segundo Artem Starosiek, chefe da Molfar, consultoria ucraniana que analisa ameaças online, o governo Russo está tentando novas abordagens para promover seu regime.

Segundo Anton Fomin, chefe de projetos de varejo da holding Fplus IT, na Rússia, a viabilidade de um console de jogos russo não será tão fácil assim como o governo quer passar. “Ninguém tem a experiência que lhes permitiria produzir seu próprio console PlayStation ou Xbox, destaca Fomin.

“Esses consoles são criados em hardware moderno e são relativamente caros, mas, ao mesmo tempo, são vendidos a preço de custo ou com um valor competitivo, já que os desenvolvedores recebem a maioria do lucro com o conteúdo”, explica Fomin. “O mercado de consoles é relativamente pequeno, mas o mercado de jogos é enorme”, completa. 

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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