X101: Netbook de US$ 199 chega ao mercado, com o Meego

X101: Netbook de US$ 199 chega ao mercado, com o Meego

Há tempos correm boatos de que uma nova geração de netbooks custando menos de US$ 199 estaria a caminho, com o objetivo de conter o crescimento dos tablets. Hoje eles deixaram de ser boato:

A mesma Asus que começou a corrida dos netbooks com o Eee PC agora inicia a corrida dos netbooks ultra-populares, com o X101. Diferente do que muitos esperavam, ele é um modelo relativamente estiloso, que mantém o LCD de 10″ de 1024×600 e o teclado chiclet, mas é bem mais fino e leve que a maioria dos netbooks atualmente no mercado, com 1.76 mm de espessura e 950 gramas:

Por enquanto as informações são ainda escassas, mas é certo que ele rodará a Meego (em vez do Android, como muitos esperavam) e que ele suportará a instalação do Windows 7 em dual-boot, muito embora ele não venha pré-instalado.

Na parte de hardware, temos um LCD barato, combinado com um Atom N455 de 1.6 GHz e 1 GB de RAM. A principal dúvida é com relação ao armazenamento. Pelo preço e tamanho do netbook, é certo claro que utilizarão alguma forma de armazenamento de estado sólido e com pelo menos 16 GB de capacidade, mas resta saber se teremos um SSD “de verdade”, ou alguma gambiarra de baixo desempenho usando chips MLC e controladores destinados a pendrives. Ao usar o Meego, isso provavelmente não fará muita diferença, já que o sistema é relativamente leve, mas um sub-sistema de armazenamento de baixo desempenho realmente dificultaria a vida de quem quisesse usar o Windows 7.

Uma possibilidade é que a instalação do Windows 7 seja suportada apenas em modelos mais caros, com mais Flash, ou com um HD magnético.

Apesar da Asus ter sido a primeira a fazer seu anúncio, a ideia dos netbooks de baixo custo é na verdade da Intel, que viu o filão como uma oportunidade de alfinetar a ARM, mantendo as vendas do Atom e de quebra alavancando o uso do Meebo, que parecia condenado depois da esnobada da Nokia.

Não é preciso dizer que estes netbooks têm tudo para fazer um enorme sucesso, nem que seja apenas pelo custo. Como a maioria dos usuários de netbooks os utiliza apenas para tarefas leves de qualquer forma, devido à péssima ergonomia e ao desempenho medíocre, a substituição do Windows pelo Meego pode acabar sendo bem aceita pelo público.

O uso do Linux nos netbooks acabou não dando certo devido à combinação da fraca recepção por parte do público (com a casa de horrores que eram as distribuições usadas, ninguém pode culpá-los…) e da pressão exercida pela Microsoft, o que levou ao inchaço da plataforma, com HDs magnéticos, preços mais altos e assim por diante. Desta vez, com uma empresa do tamanho da Intel alavancando a plataforma, pode ser que a ideia de netbooks sem Windows finalmente vingue.

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